No ranking das atividades ao ar livre, a marcha ocupará certamente o primeiro lugar. É a modalidade mais simples e acessível. Ossos, coração, articulações, colesterol, pressão arterial e até a memória podem beneficiar com uma bela caminhada. É aceite pela comunidade médica como um pilar da vida saudável, mas não é a única.
Atividades ao ar livre trazem benefícios
Osteoporose
Experimente o tai chi. Conhecida como a meditação em movimento, esta prática oriental é uma boa opção para reforçar o equilíbrio, a postura e promover a tonificação muscular, de forma suave. Melhora o equilíbrio, a postura e reduz as quedas. O treino aeróbico, combinado com pesos, elásticos ou exercícios usando o próprio peso, é outra estratégia para reforçar o tónus muscular e os ossos.
Conselho: Se já tem fragilidade óssea, informe-se com o seu médico sobre as modalidades, ritmo e intensidade mais indicados. Evite treinos de impacto, que possam causar quedas ou lesões.
Doenças cardiovasculares
Entrar em movimento implica pôr o coração a bater mais forte, a funcionar melhor, por isso não admira que a atividade física seja recomendada pelos especialistas. Segundo a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), no final da primeira semana, os benefícios podem começar a surgir, com descida da tensão arterial e sensação de energia. As recomendações da FPC apontam para 30 a 60 minutos de atividade diária. Caminhar é uma das opções, mas não a única: jogar vólei, fazer remo ou canoagem e praticar golfe são outras modalidades que pode experimentar.
Além de agir sobre os fatores de risco cardiovascular (hipertensão, colesterol, entre outros), o desporto integra os planos de reabilitação cardíaca, com vista a melhorar a saúde e qualidade de vida do paciente cardíaco.
Conselho: Deve caminhar a um ritmo que permita falar sem perder o fôlego. A duração, intensidade ou dificuldade deve evoluir gradualmente. Comece por percorrer dez minutos em piso plano.
Problemas de costas e articulações
Na maioria, as dores na coluna e no pescoço devem-se a baixa massa muscular e ao sedentarismo, com longas permanências sentada ao computador ou telemóvel. Caminhar, por exemplo, permite reforçar o tónus muscular, a flexibilidade, ativando em simultâneo as articulações. De acordo com a Arthritis Foundation, o ténis é outra boa opção, pois exercita o corpo todo e tem uma vertente lúdica. Igualmente benéficos, o tai chi ou yoga promovem a flexibilidade.
Conselho: Aproveite para se exercitar na água (nadar, caminhar ou fazer alguns exercícios). A água atenua a sensação de esforço e minimiza o impacto nas articulações.
Contra o excesso de peso
Modalidades como o trekking são desafiantes do ponto de vista físico e permitem um treino cardiovascular num ambiente de partilha e descoberta. Em alternativa, andar de bicicleta ou nadar reduz o impacto, sem diminuir o gasto energético. Organize passeios em grupo ou em família que convidem a explorar a Natureza.
Conselho: O controlo de peso requer a prática diária de, pelo menos, 30 minutos de atividade física moderada a vigorosa, refere o Serviço Nacional de Saúde.
Ansiedade e depressão
A atividade física promove a libertação de endorfinas, as hormonas do bem-estar. Esta é uma das razões pelas quais mexer o corpo, sobretudo em atividades ao ar livre, faz bem à cabeça. Um estudo da Universidade de Exeter, do Reino Unido, revela que observar pássaros reduz o stress e a ansiedade.
O contacto com a Natureza, a observação de árvores, pescar, jardinar, contribuem para o bem-estar e saúde mental. Se aliar a este cenário uma atividade em grupo, afasta o isolamento.
Conselho: Viver mais ao ar livre e seguir o ritmo do dia promove um sono reparador, que respeita os ritmos biológicos, atenua o stress e a ansiedade.
Fale como seu médico
Se tem algum problemas de saúde, antes de iniciar a prática física, fale com o seu médico para definir o desporto à sua medida (tipo, frequência e intensidade).
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Texto: Mário Rui Santos; Fonte: medis.pt
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