Saúde e Bem-Estar

Enxaqueca: Crises afetam mais as mulheres. A culpa é das hormonas

18 Setembro, 2021

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O sexo feminino tem duas a três vezes mais probabilidades do que os homens de sofrer com enxaqueca. Ajudamo-la a prevenir as crises.

Os investigadores suspeitam que os níveis hormonais flutuantes desempenham um papel importante no aparecimento da enxaqueca nas mulheres.

Puberdade
A produção de hormonas femininas inicia­‑se na puberdade. É nesta altura que podem ocorrer as primeiras dores de cabeça relacionadas com alterações hormonais. Um sexto das mulheres que têm enxaqueca tiveram as primeiras crises na puberdade.

Gravidez
É muito frequente assistir-se a uma melhoria das crises de enxaqueca, o que ocorre de forma cumulativa ao longo dos três trimestres. A evolução natural da doença faz com que apenas 18% das grávidas mantenham as suas crises de enxaqueca. Na grande maioria dos casos não é necessário tratamento farmacológico para aliviar ou prevenir as crises. Ainda assim, sempre que necessário, existem medicamentos seguros para a mãe e bebé.

Menstruação
A flutuação hormonal ao longo do ciclo menstrual faz com que existam mais crises durante o período menstrual. Da mesma forma, as crises são mais frequentes durante a hemorragia de privação nas mulheres que utilizam contraceção hormonal.

Existem várias estratégias farmacológicas que podem minimizar este impacto, passando por pequenos ciclos de terapêutica com anti-inflamatórios ou triptanos, à substituição de método contracetivo ou mesmo à alteração da forma como toma o seu contracetivo habitual.

No entanto, só em cerca de 14% das mulheres é que as crises ocorrem exclusivamente na altura do período menstrual. Na grande maioria, acontecem também fora do período da menstruação.

Pós-parto
No período pós-parto volta a aumentar a frequência das crises, novamente justificadas pela variação hormonal, stress emocional e privação do sono. Também neste período se privilegiam as medidas não farmacológicas no tratamento da enxaqueca. No entanto, nos casos mais graves, em que seja necessário fazer medicação, existem alternativas seguras. Cerca de 25% das mulheres têm uma enxaqueca nas duas semanas após o parto, e quase metade tem uma enxaqueca no primeiro mês.

Perimenopausa
Quando o corpo da mulher está em transição para a menopausa, as flutuações hormonais que o acompanham podem agravar a enxaqueca. Em muitas delas, as enxaquecas podem melhorar no período perimenopausal, mas pode haver um longo período de tempo em que este problema é transitoriamente pior, dizem os especialistas.

Menopausa
Após a menopausa existe uma redução marcada da expressão da doença, estimando-se que mais de 75% das mulheres se livrem das suas crises. Contudo, nos meses ou anos que antecedem a menopausa existe instabilidade hormonal que pode aumentar transitoriamente estas mesmas crises.

Previna as crises da enxaqueca com o que come

É importante que mantenha uma dieta equilibrada e  aposte nos alimentos certos para prevenir as enxaquecas.

A alimentação tem um papel muito importante no controlo das crises de enxaqueca, tanto através da restrição de alguns alimentos como da inclusão de outros.

Invista nestes alimentos
Peixes ▸ Salmão, atum e bacalhau, sardinha e cavala são fontes de ómega 3, substância que ajuda o organismo a lutar contra inflamações.

Folhas verdes ▸ A alface e o espinafre são ricos em magnésio, que dão uma ação relaxante e favorecem a atividade cerebral.

Castanha-do-pará e amêndoa ▸ Estas oferecem selénio, o que contribui para o bom funcionamento do sistema nervoso central.

Gengibre ▸ Pode ser consumido em forma de chá. Possui uma ação analgésica que alivia as crises de enxaqueca.

Ovo, cenoura, maçã, kiwi ▸ São exemplos de alimentos com altos índices de vitamina B, que ajudam na prevenção das dores.

Sementes de linhaça ▸ Ajudam a prevenir as enxaquecas graças aos seus níveis de ómega 3.

Avelã, amendoim, alcachofra ▸ São importantes para quem sofre de enxaquecas porque têm uma boa fonte de magnésio.

Feijão, lentilhas e grão-de-bico ▸ Ajudam na prevenção desta dor por serem ricos em vitaminas do complexo B.

A evitar
– Adoçantes artificiais;
– Produtos com cafeína;
– Bebidas alcoólicas;
– Chocolate;
– Carnes processadas;
– Queijos amarelos;
– Frutas cítricas;
– Temperos industrializados.

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