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Seios descaídos – Temos a solução para este “problema”

1 Outubro, 2019

Mulheres que perdem peso, terminam um período de amamentação ou sentem que a força da gravidade lhes puxa os seios e a autoestima para baixo têm a possibilidade de exibir um decote bonito com uma cirurgia que devolve a firmeza perdida.

Ter seios descaídos é, muitas vezes, um incómodo para as mulheres que não se sentem bem com o seu corpo ou se acham menos bonitas por questões estéticas. A mastopexia, o conhecido “levantamento da mama” ou suspensão mamária, veio tornar possível a reconstrução mamária, onde é retirado o excesso de pele e levantado o seio de forma a torná-lo mais firme.

Neste tipo de casos existe uma quantidade de pele exagerada, com uma mama sem conteúdo interno e com um aspeto descaído o que, visivelmente, torna menos bonito o corpo da mulher. Embora esta possibilidade de se sentir mais bonita exista, é necessária, sempre, uma avaliação clínica que diagnostique de que forma deve ser resolvida da melhor forma a sua questão. Muitas vezes, este tipo de cirurgia é confundida com a redução mamária, sendo que são “problemas” com resoluções diferentes.

Numa redução mamária é feita a retirada de pele de um peito que tem conteúdo, logo é-lhe retirado volume, enquanto que numa suspensão mamária ou “levantamento da mama” é retirado, igualmente, excesso de pele mas, como no seu interior o seio não encontra conteúdo mamário, não pode ser realizada uma redução mas sim uma reconstrução mamária.

Aconselhável depois da gravidez

Este tipo de cirurgia “não deve ser feita a raparigas jovens porque o corpo e a parte hormonal ainda estão em formação. Antes de atingir a maioridade, 17/18 anos no mínimo, não se deve fazer”, explica o cirurgião plástico, Dr. Moreira Martins.

No entanto, não é o único caso em que a cirurgia não é aconselhada pois, antes de uma gravidez, “também não é muito conveniente fazer porque uma gravidez vai sempre ‘estragar’ o corpo da mulher e, muitas vezes, a mama prepara-se para amamentar e aumenta de volume”, conclui o Dr. Moreira Martins.

Depois de diagnosticada a necessidade de uma suspensão mamária, por questões estéticas ou de saúde, é feita a operação que tem um tempo variável de duração, no entanto aponta-se para cerca de duas a três horas.

Durante a mesma anestesia são feitas duas cirurgias, referentes às duas mamas, sendo que, segundo explica o cirurgião: “A segunda mama torna-se mais complexa e trabalhosa porque tem de ficar igual à primeira, pois a primeira não tinha modelo padrão para comparar e a segunda já tem”.

Cicatrizes de dez centímetros

No que às cicatrizes diz respeito, as mesmas são feitas na parte inferior da mama e assumem a forma de um T invertido e, “conforme o tamanho de pele a tirar, estas cicatrizes podem andar na ordem dos dez, 12 centímetros. Depois tem de se contar com a qualidade de cicatrização de pele de cada pessoa e com o tempo”, refere o cirurgião plástico.

As complicações resultantes deste tipo de cirurgia são praticamente nulas, no entanto cabe à paciente seguir à regra os cuidados aconselhados no que diz respeito ao pós-operatório (ver caixa), de modo a prevenir que não sejam rebentados os pontos de reconstrução e não seja necessária uma nova cirurgia.

Cuidados a ter no pós-operatório

Quando questionado acerca da reação do corpo ao pós-operatório o Dr. Moreira Martins refere que “não é doloroso”, no entanto há cuidados a ter depois da saída da clínica e no mês posterior à cirurgia, nomeadamente:
– Usar um soutien próprio, que serve para dar, apenas, conforto à paciente e não como uma forma de ajeitar ou compor a cirurgia;
– Evitar fazer esforços grandes com os braços, como conduzir, não usando os músculos peitorais;
– Durante esse período evitar ter relações sexuais;
– Deixar de lado o exercício físico e não levantar pesos, pois trabalham essencialmente os braços e peito, zonas fragilizadas devido à operação.

Texto: Marisa Simões

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