Quando se fala em disfunção sexual, a maioria das pessoas associa este problema aos homens, desconhecendo que o sexo feminino também padece deste mal. Em Portugal, estima-se que entre 40% e 70% das mulheres sofra em qualquer fase do ciclo com alterações, que se traduzem na diminuição do desejo sexual, na falta de lubrificação vaginal – dificultando a penetração – ou na incapacidade de obter um orgasmo. Distúrbios que as levam a assumir um sentimento de culpa por não alcançarem a satisfação sexual – principalmente do parceiro – e a fecharem-se com vergonha, evitando procurar ajuda médica e dificultando um diagnóstico rápido.
Os fatores que desencadeiam a disfunção sexual feminina (DSF) podem ser físicos, resultantes de problemas como diabetes, doenças cardiovasculares, neurológicas, hormonais e hepáticas, uso de drogas ou álcool, infeções vaginais, até inflamações no colo do útero; ou psíquicos, relacionados com stress, depressão, histórico de abuso sexual ou problemas conjugais. Para uma vida sexual equilibrada, é aconselhado que adote uma alimentação saudável, pratique exercício físico, não fume, comunique com o seu parceiro e procure aconselhamento especializado.
Disfunção sexual: As terapias
Se a origem do problema estiver associada a um fator hormonal, o médico pode prescrever fármacos, como a terapia de estrogénio, sob a forma de um anel vaginal, creme ou comprimido, para melhorar a lubrificação; ou terapia de androgénio, que inclui hormonas masculinas, como a testosterona, administrada com recurso a um adesivo transdérmico. Embora controversa, esta terapia – visionada por um especialista – pode ajudar mulheres na pós-menopausa, que tenham falta de desejo/interesse sexual.
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